No interior de São Paulo, a cada duas cidades, uma conta com uma unidade da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Apenas na região Centro-Oeste Paulista, são mais de 100 instituições que prestam atendimento diário a crianças, jovens e idosos com deficiência, oferecendo suporte educacional, terapêutico e social.
Apesar do impacto positivo, essas entidades ainda enfrentam desafios estruturais, principalmente relacionados à falta de recursos públicos e ao reconhecimento por parte do Estado. Para o ex-prefeito de Ourinhos, Lucas Pocay, é preciso mudar essa realidade.
“O trabalho das APAEs é extraordinário e essencial para milhares de famílias. Mas ainda falta visibilidade, apoio técnico e financeiro adequado por parte do poder público. Essas instituições não podem ser sustentadas apenas pela solidariedade da comunidade”, afirma.
Pocay, que acompanha de perto a atuação das APAEs na região, reforça que elas cumprem um papel que deveria ser compartilhado pelo Estado, especialmente em municípios menores, onde são a única referência para pessoas com deficiência. “Elas garantem dignidade, inclusão e cuidado a quem muitas vezes seria invisível para o sistema. É preciso políticas públicas permanentes para fortalecer esse trabalho.”
Além do apoio à continuidade dos serviços, Pocay defende maior valorização dos profissionais e voluntários que atuam nessas entidades, bem como incentivo à expansão das unidades em áreas ainda desassistidas. Segundo ele, é necessário colocar as APAEs como prioridade nas pautas de assistência social, saúde e educação do interior paulista.
“Cada vida transformada dentro de uma APAE vale mais do que qualquer dado estatístico. Se queremos um Estado mais justo e humano, precisamos começar apoiando quem já faz a diferença todos os dias”, conclui.
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